Turismo-Desportivo: uma porta viável para o desporto e rugby português?

Fonte: www.fairplay.pt
O turismo-desportivo é uma das novas vertentes de riqueza a nível mundial… e em Portugal já está a ser implementado? Descobre como a Sports Ventures tem trabalho este tema em território nacional!

Turismo e Desporto, combinam? Será que é possível criar um mix entre lazer, descanso e conhecer novos cenários/locais com intensidade física, participação em torneios e divertir-se dentro das quatro-linhas (ou ringues)?

A nível mundial a resposta para estas duas questões seria sempre a mesma: sim. Hoje em dia a aposta é claramente neste conceito que preenche os requisitos de não só equipas desportivas com vista para preparação o início de época, como de grupos, largas comitivas, escolas e academias, entre outros que procurem uma experiência diferente, de não só jogar futebol, basquetebol ou rugby como de viver a comunidade ou país que visitam.

UM CONCEITO QUE VALE A PENA APOSTAR? A EXPERIÊNCIA DA SPORTS VENTURES

Este tem sido o foco de empresas como a Sports Ventures, de oferecer uma experiência desportiva com contornos turísticos, de apresentar uma dinâmica completamente diferente às equipas/comitivas/academias visitantes que vai muito para além de ir a Portugal, jogar uns quantos jogos e voltar para casa. O foco é vender um produto que o território Nacional trabalhou bem, apesar da correlação entre turismo e desporto ainda não estar num ponto de máxima exploração.

Lembrar que Portugal é dos países mais seguros não só da Europa como do Mundo (em 2017 foi considerado pelo Global Peace Index como o 3º país mais seguro para se viver), oferecendo uma tranquilidade e um ritmo de vida bem acessível para a maioria dos possíveis migrantes. Pode ser considerada como uma localização ideal para os turistas que vêm à procura não só dos traços históricos, como da gastronomia (a multiplicidade de opções e culturas oferece uma selecção diversa aos interessados), ausência de stress, boa acessibilidade (Lisboa e Porto têm os aeroportos dentro da cidade, se compararmos com Madrid, Barcelona, Paris ou Londres, sendo fácil chegar ao centro da cidade, para além das auto-estradas e boas vias de circulação de Norte a Sul e nas Ilhas).

Mas a nível desportivo é capaz de ombrear com países como a Turquia ou Inglaterra que recebem mais de um milhar de equipas por ano para realizarem estágios de pré/pós-época? Novamente, a resposta é positiva e produzimos um exemplo bem oval de 2018: o Algarve 7’s.

A própria Sports Ventures é bastante clara não só no porquê da aposta no turismo-desportivo mas na forma como oferecem este serviço,

“Existem em Portugal agências de viagens bem conhecidas especializadas em turismo desportivo para espectadores, agências que vendem pacotes para assistir a eventos “sold out” tais como o FIFA World Cup ou UEFA European Championships, entre outros.

Mas a aposta da empresa vai noutro sentido e está focada no serviço recetivo de turistas que vêm conhecer o nosso País para praticar desporto. É aqui que reside o seu principal foco, a aposta num serviço de excelência, na venda de um produto e assistência “all inclusive”, incluindo um conhecimento profundo sobre desporto que lhes permite oferecer uma proposta impossível de “replicar” na internet.”.

Ou seja, uma equipa de rugby inglesa que quer fechar a época com um tour relaxado mas com algumas pinceladas competitivas ou um clube que queira vir preparar a próxima época de uma forma intensa mas com momentos de lazer, encontram neste tipo de turismo-desportivo a resposta às suas necessidades. Portugal é neste momento (e nos anos vindouros) um “diamante” em termos de oferta, apresentando uma larga malha desportiva que o torna apetecível para estes possíveis turistas que não vêm à procura só de um espaço ao sol, mas de manterem uma ligação ao desporto que praticam em casa.

O Algarve 7’s e o Junior 7’s foram claras provas que este turismo-desportivo aplicado ao rugby resulta, para além da própria Sports Ventures ter conseguido trazer equipas de outras modalidades a experimentar este tipo de turismo com bastante sucesso, diga-se. Curiosamente, a própria empresa tem levado também portugueses a fazer tours de turismo-desportivo fora-de-portas como aconteceu com a final da Heyneken Cup em 2018 (a Liga dos Campeões do Rugby), numa demonstração que este é o novo segmento a apostar no futuro.

Outro exemplo, que ajuda também a provar a multidisciplinaridade da Sports Ventures, é o Gazprom Football for Friendship, que vai para a sua 7ª edição. Mas do que se trata este evento? A Gazprom (main sponsor da UEFA Champions League), como parte da sua activação de marca neste evento organiza anualmente um mega torneio de futebol juvenil internacional com a participação de 64 países.

Para a edição deste ano em Madrid a Gazprom contratou a Sports Ventures como agência organizadora local para este evento que terá a duração de uma semana e inclui treinos e um torneio para todas as equipas na academia Ciudad del Futbol da RFEF.

Para acolher esta massa de atletas, foi necessária arrendar quatro hotéis para acomodar os mais de mil atletas e jornalistas, decorrendo ainda a organização de um congresso sobre futebol no centro de Madrid com a participação de inúmeras celebridades do futebol mundial. Um evento desportivo com um impacto directo através do turismo na economia local de mais de 3 milhões de Euros, outra prova da rentabilidade e valorizaçãodo turismo-desportivo para a economia local e nacional.

Empresas como esta têm movimentado várias equipas de futebol, rugby e basquetebol para os atletas praticarem o seu desporto fora-de-portas, com destaques para as equipas de basket como Georgia State, Rhode Island ou UN Charlotte (Cedric Maxwell, ex-Boston Celtics, LA Clippers e Houston Rockets passou por esta equipa universitária).

PORTUGAL E TURISMO-DESPORTIVO LIGAM?

Se têm dúvidas em relação ao crescimento ou validade do turismo-desportivo vejam-se os números da própria Organização Mundial de Turismo: do bolo total de turistas, 10% já representam turistas-desportivos, sendo que as estimativas feitas até Dezembro de 2018 rondavam os 800 biliões de dólares. Austrália (55%), Turquia (35%) ou Irlanda (15%) são países que têm feito bom uso dos seus espaços, cultura e multiplicidade desportiva para convencer potenciais interessados a visitarem-los de forma constante.

Nota para o facto deste tipo de turismo não ser tão “repetitivo” ou “esgotante” com o normal, pois o individuo ou indivíduos que ingressam no turismo-desportivo embarcam viagem para fazer parte do torneio de rugby X que lhes vai permitir também conhecer melhor o destino e usufruir de uma excelente experiência. O torneio oferece o melhor que há para oferecer, criando uma ligação de confiança por parte do cliente com a organização.

Foi o que aconteceu com as Escolas da Irlanda no passado (nos últimos 3/4 anos vieram sempre a Portugal jogar contra a selecção sub-18, mas 2019 já não aconteceu por motivos desconhecidos por nós) ou selecções de diversos países que encontram em Portugal toda uma oferta ampla que facilita a escolha pelo espaço nacional.

Desde o MIUT (esgotou em minutos o número de participantes, a maioria vem na 4ª à noite para a Ilha da Madeira e aprecia toda a oferta deste espaço até o dia do evento), Algarve 7’s (fazendo as contas, mais de 500 participantes estiveram envolvidos no torneio, não contabilizando aqui famílias, amigos e visitantes que apareceram no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António em Junho de 2018), a outros eventos desportivos, Portugal tem se afirmado como uma marca inteligente, nova e interessante para o mercado internacional.

É importante sublinhar outra ideia central e fundamental ao turismo-desportivo, que passa pela boa utilização dos equipamentos e estruturas desportivas que as Câmaras Municipais (e não só) detêm. Ao “oferecer” as instalações para a realização destes eventos e competições, as estruturas municipais estão a rentabilizar todos estes equipamentos, que não só recebem a vinda de atletas-turistas internacionais, como absorvem toda a massa humana em seu redor.

E esta observação não é teórica, uma vez que o Algarve 7’s é a melhor prova que funciona esta parceria entre Câmaras Municipais e empresas dedicadas ao turismo-desportivo, com os hotéis, restaurantes e outras superfícies comerciais a usufruírem de todo este ritmo diferente, que altera o quotidiano de uma vila ou cidade, dando outra dimensão ao turismo português.

Ou seja, é um investimento altamente positivo, com olhos não só para o lucro económico, mas para o dinamizar de estruturas que por vezes estão paradas e sem fluxo humano. A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António (e falamos só aqui no caso do Algarve 7’s) apostou firmemente neste evento e ficou satisfeita ao ponto de renovar para 2019 e 2020.

O impacto do apoio camarário tem sido fulcral para o desenvolvimento deste novo tipo de visitar e viajar, procurando cada vez mais ter o desporto como um braço-direito na hora de promover o conselho, desenvolver a cultura desportiva local e mexer todas as actividades em volta deste espectáculo.

Quantas equipas embarcaram numa aventura dentro ou fora-de-portas com os seus colegas de balneário para não só participar nuns jogos, mas também viver toda uma experiência em redor do desporto que cria um impacto mental total? O rugby tem sido um dos precursores deste tipo de eventos, não esquecendo o Figueira Beach Rugby, que em 9 anos tornou-se um dos maiores (senão o maior) torneio da especialidade de areia, com claro destaque para a toda a oferta que a zona da Figueira oferece aos visitantes.

A expressão do turismo vivida com o desporto é um dos caminhos a tomar para o desporto português e a própria Sports Ventures prometeu que em 2020 vai realizar um torneio desportivo de grandes proporções com uma estimativa de 2 mil participantes, apesar de não ter divulgado mais pormenores deixando assim uma grande expectativa para o que virá aí!

Se tens dúvidas em relação ao impacto deste “novo” conceito, convidamos a participares no Algarve 7’s, seja como jogador, adepto, voluntário ou simples curioso do maior evento de 7’s da Península Ibérica!